5 de fev. de 2011
Sergey Ignatenko
Linhas cruzadas
Imprima a paulatina nota cristalina,
Desacelerada a romper-me a tenda.
Solta-me das folhas
Que da pele um sol se apura.
Saiba sangrar do vinho,
Triscar o plano da volúpia.
Devagar a boca à louca
Trançando furacões.
Devagar o imedido,
Pespontos recém-despertos,
As ancas atreladas.
Lento o mais alento,
O mais e mais, o pó desfeito,
As linhas cruzadas.
Despreza o tempo
Neste molhado de intenções.
Aproveita meus caminhos,
Tece um poema em minhas asas.
Stella de Sanctis