Dos ventres o ritual se acelera,
5 de fev. de 2011
Sergey Ignatenko
A procela
Dos ventres o ritual se acelera,
Molha, mela a quietude da tarde
No canto mergulhado em genitálias.
Experimenta, investiga a lâmina,
Assente, consente o licor.
Mergulha o sabor na cor do calor,
Comunga do instante eterno.
Da flor à língua ao hino das pupilas
Ladinas do ouro do meu corpo...
E as bocas chupam alento,
Calam Janes Joplin no aposento:
A mais o som da vara à tara
Resvala no silêncio ... E geme.
Ode de sibilos, estribilhos:
Da carne a procela.
Aberto cofre de desejos
Veste-nos de coitos e lampejos.
Pra mais tesão, além do ensejo,
Inda te como, como em lenda,
Tiro a venda, descortino,
Desatino... Mordo o templo
Do teu beijo.
Stella de Sanctis